15 de dezembro de 2013

O que o dinheiro não compra

  Neste mundo de números e juros há quem pense que tudo pode, visto que têm uma coleção de tostões e isso, por si só, já garante  uma vida completa - é o que se pensa.
  A moeda compra o interesse, mas não compra a pureza. O milhar compra a terra, mas não compra o poder de decidir o que será cultivado. O milhão compra o barco, mas não compra a corrente que levá-lo-à ao porto final.
  O bem-estar emocional, a lembrança, recordação, o choro sincero, o sorriso que contagia, enfim, nada disto é negociável; o amor, o respeito, a verdade e outros bens também não são negociáveis porque valores como estes não têm lugar no Banco do Tudo Se Compra.
  Por mais absurdo e inaceitável que possa parecer aos olhos de alguns, há tesouros que o dinheiro não compra porque (felizmente!) existem guardiões fiéis que não abrem mão da única coisa que realmente os pertence: o Eu próprio.
  Aos sabichões, só me resta um pedido: comprem tudo, tudo mesmo, só não tentem comprar o interior de um bom ser porque isso seria como fazer um castelo à beira-mar em tempos de maré cheia, ou seja, uma tentativa em vão.


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