22 de março de 2013

Saudade

  Sentida por todos nós, a saudade pode ser um sentimento mau e também bom. Mau, porque causa dor. Bom, porque é sinal de que somos capazes de guardar momentos e/ou pessoas num cantinho especial dos nossos corações, demonstrando que foram importantes para nós.
  Aqueles que se auto-intitulam "fortes" são, por vezes, os mais fracos, não sendo capazes de assumir um sentimento desta natureza.
  É uma lágrima derramada por alguém. Alguém que "nele" identificamos um "eu", não tendo resposta - muitas vezes - para um porquê.
  Ter saudades é recordar. É viver. É sentir. É ser humano. É ter coração. É sorrir. É dar gargalhadas. É também dor. É chorar. É aprender. É viver com a ausência.
  A saudade não evapora mas, com o tempo, aprendemos a lidar com ela e a encontrar um novo rumo. Temos que seguir o nosso caminho!


10 de março de 2013

Quem seríamos sem um sonho?

Quem seríamos nós sem um sonho?
Quem seríamos sem uma ilusão?
Apenas pequenas pessoas sem objetivos,
Sem nada para segurar na mão.

Quem seríamos sem um sonho?
Ou dois? ou três?
Apenas gente infeliz,
Que não sonha sequer uma vez.

Seríamos meros mendigos
A andarmos sempre sozinhos.
Sonhar, ilumina-nos a alma
E nos mostra diversos caminhos.

Como diria António Gedeão:
"Cada vez que o homem sonha,
O mundo pula e avança (...)"
Pois sonhar é divertido
Como uma bola nas mãos de uma criança.

Devemos rir e sorrir bastante,
Não podemos estar sempre a chorar.
Nos dias de chuva agarra-te aos teus sonhos,
Porque eles obrigam-te a voar.

Voar, saltar, correr e sorrir,
Os sonhos são tão valiosos
Quanto a felicidade o é
Para mim, e para ti.

Quem sonha é mais forte,
Quem sonha tem uma motivação
Para viver a vida.
Agarra-te aos teus objetivos
E dança como um bailarino (a).

E voltando ao início:
Quem seríamos nós sem um sonho?
Vadiávamos por este mundo bandido.
Nem sequer imaginávamos um futuro construído.
Sem um sonho,
Não passávamos de um animal gélido e ferido.

Eu sonho, e tu?

O meu castelo

Construí um castelo
No meio do nada.
Um castelo bonito,
Com uma forma engraçada.

Um castelo feito de alegria,
Foi o que construí.
Castelo esse, onde estão guardados
Todos os momentos que passei ali.





3 de março de 2013

A sombra que me persegue

Vivo na madrugada,
Nunca é dia.
Não há sol, perdeu-se a folia.

A sombra está colada,
Está morta - mas tem vida.
Agarra-se a mim e não se solta,
É má, não é querida.

Por mais que corra
Ela não tropeça.
É persistente e não quer desistir,
Por mais que lhe peça.

Peço, peço, e imploro mais uma vez.
É uma contagem infinita.

Quero liberdade,
Mas não me deixas ser feliz.
Livrar-me de ti é o que quero.
O que quererei.
O que sempre quis.


2 de março de 2013

O que importa é partir

  "Em qualquer aventura/ O que importa é partir, não é chegar" porque todos devemos ter a ousadia de voar, mesmo sem ter noção alguma do destino onde iremos aterrar.
  Todos voamos, logo à nascença, mas muitos de nós somos obrigados a voar mais uma e outra vez porque, por alguma razão, a vida (por vezes) obriga-nos a recomeçar.
  A vida é uma viagem na qual já temos a chegada marcada, mas desconhecemos o trajeto até esse fim. Trajeto esse, que nem sempre escolhemos. Que nem sempre podemos decidir entre a direita e a esquerda.
 "O que importa é partir" porque o que interessa é partir do zero mesmo que, no passado, já estivéssemos longe desse número. Há que pensar que o dia é longo e, após a madrugada, há um novo dia. Começa o dia em que devemos ser curiosos, insistentes e corajosos para seguir em frente, independentemente do estado em que chegaremos no próximo anoitecer...


 
  Cada um tem uma forma de exprimir aquilo que sente, aquilo que pensa. Escrevendo é  como eu o faço.
  Não é apenas preencher uma folha em branco, não é um simples "blá blá blá". Trata-se de sentimentos, opiniões. É uma maneira de chegar ao céu, de ultrapassar limites.
  É assim que aprendi a voar: escrevendo os meus poemas da maneira mais sincera e verdadeira que posso, porque é assim que sou.
  Aquilo que mora dentro de mim é transmitido para uma folha de papel - tão simples quanto eu. Se o que sentir for raiva, jamais escreverei alguma coisa alegre, e se for alegria não escreverei algo triste, porque isso seria faltar ao respeito a mim própria.
  As minhas palavras moldam a minha personalidade, e as minhas atitudes também. Por isso, refugio-me entre as linhas dos meus poemas e/ou textos porque, para mim, escrever não é um sacrifício - faço-o por gosto. Por paixão!