11 de agosto de 2011

O Cavaleiro da Noite

Era mais uma noite escura,
De brisa fria e céu estrelado…
Mais uma noite de lua cheia,
Na qual a espera tinha um tempo indeterminado

Ela olhava, olhava,
À procura de um sinal…
Na expectativa de encontrar
O seu Cavaleiro imortal.
O tal cavaleiro,
Que lhe preenchia o pensamento.
O tal cavaleiro,
Que ocupava o seu coração.
O Cavaleiro da Noite era a sua perdição.

Foram noites e noites
À espera do seu amor…
Inúmeras lágrimas derramadas,
De Sangue, desespero e dor!

E até hoje
Olha, chora e suspira.
Pois a esperança que tem não a faz deixar de acreditar,
Que numa destas noites
O seu Cavaleiro, o Cavaleiro da Noite,
A sua boca beijará!

1 de agosto de 2011

A Menina-Sem-Nome

Esta é a história de uma menina cujos pais sempre foram muito ricos. Estes pais, mimaram demasiado a sua filha que, desde muito nova, sempre gostou imenso de dinheiro, porque foi ele que lhe deu e lhe dá tudo aquilo que deseja. Nada fazia, nada pensava. Os seus únicos consolos eram as notas e os cartões de crédito que lhe ocupavam a carteira de uma forma estupidamente exagerada. Uma pequena florzinha, mas já a viver no Mundo do Tudo Posso.
Esta rapariga foi crescendo, crescendo e ficando cada vez mais obcecada pelo papel, cuja forma rectangular cabia na perfeição dentro da sua fabulosa bolsa, fabricada com pele de cobra e feita especialmente para si. As pessoas começaram a odiá-la. As “amigas” que só se aproximaram dela por interesse começaram a deixá-la de parte. Continuaram a ignorar a sua presença, apesar de ser sempre notada. Acabaram por deixá-la só. Sem nada, nem ninguém… mesmo sabendo que a Menina-Sem-Nome tinha tudo o que queria, tudo o que elas nunca poderão ter.
A pouco e pouco, mas de um modo repentino, já não tinha ninguém por perto. A Menina-Sem-Nome afastou, sem se aperceber, todos aqueles que eram importantes para ela: familiares, amigos, conhecidos.
- E de quem seria a culpa? – Perguntam vocês
Eu respondo:
 - Exclusivamente dela!
Talvez se esta rapariga não fosse tão supérflua, tão arrogante e mimada, nada disto teria acontecido. Contudo, agora a pergunta que paira no ar é: Esta forma de pensar e agir diante do dinheiro valeu a pena?  Penso que a resposta seja óbvia.